Robótica, programação, redes e mídias digitais serão alguns dos
temas tratados nas escolas da rede estadual a partir de 2020, por meio do Inova
Educação, modelo pedagógico pioneiro que conectará o ensino à
realidade dos alunos do século 21.
De acordo com a Secretaria da Educação, todas as unidades estão
prontas para trabalhar com o componente curricular Tecnologia, um dos três eixos do novo
programa, ao lado de Projeto
de Vida e Eletivas. Neste link há mais informações sobre o
programa.
As competências a serem desenvolvidas no componente Tecnologia
incluem:
– Pensamento computacional;
– Compreensão da cultura e do mundo digital;
– Capacidade de utilizar e produzir tecnologia com significado e ética em contextos acadêmicos, pessoais, sociais e profissionais;
– Pensamento crítico e criatividade;
– Empatia, colaboração, responsabilidade e cidadania;
– Elaboração e gestão de projetos;
– Abertura a novas experiências.
– Compreensão da cultura e do mundo digital;
– Capacidade de utilizar e produzir tecnologia com significado e ética em contextos acadêmicos, pessoais, sociais e profissionais;
– Pensamento crítico e criatividade;
– Empatia, colaboração, responsabilidade e cidadania;
– Elaboração e gestão de projetos;
– Abertura a novas experiências.
Realidade
Na Pesquisa Nossa Escola em (Re)Construção 2019, com respostas
de 160 mil jovens da rede paulista, 91% dos estudantes acham que é importante
ou muito importante aprender a usar novas tecnologias.
Dados da Secretaria da Educação apontam que 73% dos professores
já usam ferramentas tecnológicas na sala de aula ao menos uma vez por mês. Vale
destacar que a iniciativa será oferecida a partir de 2020 a todos os dois
milhões de alunos matriculados nos anos finais dos ensinos Fundamental e Médio
na rede estadual.
Uma vez por semana, os estudantes passarão por sequências
didáticas adequadas ao nível de maturidade, como, por exemplo, construir um
algoritmo, programar um sensor e automatizar um robô, no caso de disciplinas
ligadas à robótica. Em mídias digitais, as atividades podem englobar a
montagem de cartazes, a criação de uma rádio digital e até mesmo o
desenvolvimento de uma campanha em redes sociais.
Cada escola abordará os assuntos segundo o nível de maturidade
em adoção de tecnologia na educação, que depende da visão, dos recursos
educacionais digitais, da infraestrutura e da formação dos professores. Os
componentes Projeto de Vida e Eletivas terão duas aulas semanais. As
disciplinas de todos os componentes são obrigatórias.
Mundo digital
Na avaliação do secretário da Educação, Rossieli Soares, as
aulas de tecnologia serão obrigatórias, mas poderão passar por adaptações, de
acordo com cada escola. “A aula de tecnologia proposta pelo Inova Educação irá
mais falar sobre tecnologia do que ensinar a usá-la. O que é big data? O que é
learning machine? Precisamos abordar esses temas que estarão cada vez mais
presentes na vida do aluno”, explica.
“Falo que é uma espécie de obrigatória eletiva. A abordagem
sobre tecnologia vai de cada escola. As escolas podem cair para o lado da
programação ou de uma outra prática”, acrescenta.
Resultados
O Inova Educação é inspirado nos resultados positivos das
práticas de sucesso já aplicadas em 633 escolas da rede estadual de São Paulo
desde 2012. Além disso, está em consonância com a nova Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) na medida em que reforça as 10 Competências Gerais do
documento.
A iniciativa também responde a uma demanda da comunidade escolar
identificada no trabalho com diretores, professores e estudantes feito desde o
início do ano e intensificado no mês de abril.
O Governo Paulista tem promovido palestras, seminários e debates
sobre o Inova Educação, de modo a discutir as mudanças e acréscimos da nova
política educacional de São Paulo.
“O intuito dos debates é ampliar o entendimento a respeito da
iniciativa na rede e ouvir as experiências de todo o Estado. Queremos dialogar
e entender quais práticas são positivas e podem ser estendidas em São Paulo”,
enfatiza Cristina Mabelini, coordenadora da Escola de Formação e
Aperfeiçoamento dos Professores do Estado de São Paulo (Efape).
Os aperfeiçoamentos dos professores para o Inova Educação serão
organizados em dois módulos: um de conteúdo básico, para que os professores se
apropriem do novo modelo, e um de conteúdo aprofundado, para entendimento mais
detalhado das estratégias de implementação. O módulo básico terá uma carga
horária de 30 horas, sendo 8 horas sobre adolescência e juventudes e 22 horas
sobre Projeto de Vida ou Eletivas ou Tecnologia.
O módulo avançado terá 30 horas e aprofundará os conteúdos
vistos no módulo básico e fornecerá mais insumos para implementação exitosa do
novo modelo. O objetivo das formações é dar clareza sobre o novo modelo,
fortalecer o entendimento sobre o universo do adolescente e do jovem e preparar
os professores para lecionarem os três novos componentes.
Junto com a formação serão fornecidos materiais de suporte. Além
dessas horas obrigatórias para lecionar os novos componentes, módulos
complementares de 30 horas estarão disponíveis.
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